iPhone 4: revolução ou evolução?

2010/10/14 — 8 Comentários

iPhone 4 - Isso muda tudo. De novo

Lançado nos EUA em junho e aqui no Brasil em setembro, o iPhone 4 é um dos smartphones mais comentados de todos os tempos. Alguns o consideram revolucionário, enquanto outros, um fiasco. Há quem diga que não passa de mais um celular de grife ou uma obra prima do Design Industrial. Muitos defendem seu sistema operacional, o iOS, com unhas e dentes, afirmando que nada no mercado é mais poderoso e fácil de usar. Outros tantos acreditam que é um sistema fechado, com diversas restrições impostas pela Apple.As opiniões são diversas, e parece que todo mundo tem a sua, até mesmo quem nunca usou um iPhone na vida. O fato é que o aparelho tem suas qualidades e seus defeitos, como todos os concorrentes. Da mesma forma, o iPhone 4 pode ser uma ótima opção para alguns, e péssima para outros. Neste artigo, comparo suas diversas funções com as de outros smartphones para levantar a discussão: o iPhone 4 é a revolução que Steve Jobs afirma ser ou é apenas a evolução natural de um aparelho bastante controverso?

Facetime

Comecemos pela função mais destacada por Jobs no lançamento do iPhone 4. O FaceTime é o sistema de videoconferência apresentado como uma nova forma de se comunicar pelo celular. Entretanto, isso não é uma novidade, celulares com câmeras frontais para videoconferência existem há anos.

Com a chegada das tecnologias de terceira geração da telefonia celular na virada do milênio, tornou-se possível transferir, rapidamente, uma grande quantidade de dados pelas redes móveis. Dessa forma, além da comunicação por voz e por texto, os usuários também podiam se comunicar diretamente por vídeo através de telefones celulares em redes UMTS, uma das tecnologias 3G que mais se espalharam pelo mundo.

Nokia N80

Nokia N80 com câmera frontal para videochamada (2005)

As videochamadas por celular chegaram ao mercado australiano em 2002 e ao mercado europeu em 2003. Hoje, com o avanço das redes 3G por todo o planeta, o serviço está disponível em grande parte dos aparelhos de diversos fabricantes, como LG, Motorola, Nokia, Samsung e Sony Ericsson, apenas para citar alguns.

Como uma função que existe há quase uma década nos celulares é chamada de revolução pela Apple? Evidentemente, há uma boa dose de exagero na campanha de marketing do iPhone 4, mas há algumas diferenças importantes entre as videochamadas convencionais e o FaceTime. A primeira está na facilidade de uso da tecnologia. Nos aparelhos 3G convencionais, temos que escolher, antes de realizar a chamada, se ela será apenas por voz ou se ocorrerá por vídeo. Ao iniciar uma chamada por voz, ela não pode ser alternada para o outro modo. Com o FaceTime, isso não ocorre. Ao ligarmos por voz para outro proprietário de iPhone 4, podemos acionar a câmera frontal pressionando um único botão na tela do aparelho para, quase instantaneamente, alternar para o modo de videochamada.

A segunda diferença está na tecnologia usada para a transmissão do vídeo durante as chamadas. Nos aparelhos convencionais, a comunicação ocorre através do canal de dados da rede celular e, por isso, é cobrada pela operadora. Geralmente, o custo de uma videochamada é muito superior ao de uma ligação local por voz e, por isso, até hoje não houve uma grande adesão do público ao serviço. O FaceTime, por outro lado, funciona apenas em redes Wi-Fi. Assim, ao iniciar uma videochamada, passamos a conversar de graça, o que torna o serviço muito mais econômico do que uma ligação convencional.

FaceTime

FaceTime

O FaceTime só funciona entre dispositivos da Apple compatíveis com a tecnolgia (atualmente, o iPhone 4 e o novo iPod Touch). Entretanto, com o uso de aplicativos como o Fring, por exemplo, usuários de vários smartphones diferentes também podem realizar videochamadas em redes Wi-Fi, independente da marca e do modelo do aparelho. Muitos acreditam, por isso, que o FaceTime não possui nenhuma grande vantagem sobre as soluções similares que há muito estão disponíveis em outras plataformas.

Porém, nenhuma das outras soluções oferece a facilidade de uso e a alta qualidade de imagens do FaceTime. Suas limitações atuais desaparecerão em breve pois a Apple liberou a tecnologia para que outros fabricantes a utilizem em seus produtos, assim como está trabalhando para torná-la compatível com as redes de dados 3G, eliminando a necessidade do uso exclusivo em redes Wi-Fi.

Da mesma forma que a Apple, em 1998, popularizou o uso da porta USB ao torná-la a conexão padrão com os periféricos no iMac G3 (a tecnologia já existia, mas era pouco utilizada), ela pode, através de suas campanhas de marketing, da usabilidade e da abertura da tecnologia, tornar as videochamadas um serviço popular, algo que nenhum fabricante conseguiu até agora.

Tela Retina

Quando o iPhone original foi lançado, em 2007, sua tela era considerada umas das melhores do mercado, com uma resolução superior à maior parte dos concorrentes. Durante os três anos seguintes, no entanto, a concorrência apresentou telas cada vez melhores e a do iPhone tornou-se apenas medíocre.

Tela Retina

Tela Retina

Com o iPhone 4, a Apple assume novamente uma posição de liderança. A Tela Retina é muito superior às telas dos iPhones anteriores, tanto em resolução quanto em qualidade. Dos 153.600 (320×480) pixels originais, a quantidade pulou para 614.400 (480×960), ou seja, teve sua densidade aumentada em 4 vezes. Com isso, a resolução da tela do iPhone 4 chegou a 326 pixels por polegada, o que a torna a tela com maior resolução entre os smartphones atuais.

Além do elevado número de pixels, a Tela Retina possui um ângulo de visão consideravelmente superior graças à tecnologia IPS (In-Plane Switching), que alinha as células de cristal líquido horizontalmente, ao contrário do LCD TFT (Thin-Film Transistor) convencional. Esse método, entretanto, requer o dobro dos transistores normalmente necessários para o funcionamento da tela, o que a torna mais opaca e, consequentemente, obriga o uso de uma lâmpada mais forte para iluminá-la. O gasto de energia das telas IPS é, portanto, superior ao das telas usadas em outros dispositivos, o que interfere diretamente na duração da bateria. Para reduzir o gasto de energia, a Apple usa lâmpadas LED nas telas de seus produtos, mais econômicas, mais brilhantes e mais caras.

A Tela Retina é muito mais eficiente que as telas usadas nos iPhones anteriores. Entretanto, a afirmação de que ela é a tela mais moderna da atualidade não é verdadeira, existem outras tecnologias mais recentes e vantajosas no mercado, como a Super AMOLED, da Samsung.

Telas AMOLED (Active-Matrix Organic Light Emitting Diode) não são novidade e são usadas em diversos celulares de empresas como Nokia e HTC, por exemplo. Nesse tipo de tela, cada subpixel é formado por compostos orgânicos que emitem sua própria luz quando recebem uma carga elétrica, não necessitando de iluminação extra. Dessa forma, as telas AMOLED são mais finais, oferecem contraste e saturação superiores às telas LCD, e demandam menos energia para funcionar, tornando-se uma ótima opção para a produção de dispositivos cada vez mais finos. As telas AMOLED convencionais, entretanto, não oferecem um ângulo de visão tão grande quanto à tela IPS do iPhone 4 e nem o mesmo nível de leitura ao ar livre, sob iluminação direta do sol.

Samsung Wave

Samsung Wave

Para resolver esses problemas, a Samsung otimizou a tecnologia, criando sua própria versão, a Super AMOLED. Através da redução do número de camadas necessárias para a construção, integrando a camada sensível ao toque diretamente à camada AMOLED, a tela tornou-se ainda mais fina e brilhante, ganhando leitura sob a luz solar e um maior ângulo de visão. A tela Super AMOLED é tecnicamente mais avançada que a tela LCD IPS do iPhone 4 e há quem afirme que a Apple tinha interesse em usá-la. Entretanto, a Samsung, sem condições de fabricar telas Super AMOLED em quantidades suficientes para suprir a demanda, optou por usá-las prioritariamente em seus próprios produtos, como o Samsung Wave e o Galaxy S. A resolução da tela de um Wave não é tão alta quanto à do iPhone 4. Mesmo assim com 480×800 pixels dispostos em 3,3 polegadas, ela chega a 283 pixels por polegada, o suficiente para garantir imagens de elevada nitidez.

A Tela Retina é a melhor tela já usada em um iPhone, mas não é o que há de mais avançado no mercado. Apesar da elevada resolução, ela perde em outros quesitos, como saturação de cores, brilho e tempo de resposta, de modo que ainda há espaço para melhora.

Multitasking

Com o iOS 4, usuários do iPhone 3GS ganharam, finalmente, o recurso de multitasking. Com o iPhone 4, o recurso torna-se ainda mais poderoso, graças à maior quantidade de memória disponível para a execução de aplicativos (são 512MB de memória RAM, contra 256MB do 3GS).

O multitasking, entretanto, não é uma novidade no iPhone. O iOS, desde sua primeira versão quando ainda se chamava iPhone OS, sempre foi capaz de executar tarefas em segundo plano. A diferença é que, antes, apenas os aplicativos da Apple podiam tirar proveito disso, mas, com a versão 4, todos os desenvolvedores ganharam carta branca para utilizar este recurso.

Multitasking no iPhone 4

Multitasking no iPhone 4

Por questões de economia de memória e energia, o modo como o iPhone lida com tarefas em segundo plano não é exatamente um multitasking completo, como o que ocorre nos computadores convencionais. No iOS, os aplicativos não têm acesso a todos os recursos do sistema e, por isso, não permanecem 100% ativos quando minimizados. A Apple desenvolveu um método inteligente e funcional para a maior parte dos usuários: quando em segundo plano, o aplicativo é suspenso e fica disponível na memória, pronto para ser reativado quando o usuário precisar retornar a ele. Do ponto de vista do usuário, parece que o aplicativo permace em funcionamento, mas na prática, ele está apenas aguardando o momento em que deve voltar ao primeiro plano. Isto é o que a Apple chama de troca rápida de aplicativo (fast app switching).

Este recurso é interessante e econômico, mas não resolve o problema dos aplicativos que precisam permanecer processando informações quando minimizados. Para esse caso, a Apple liberou seis serviços que podem ser executados em segundo plano: áudio, VoIP, gelocalização, notificações push, notificações locais e conclusão de tarefas. Dessa forma, quando um programa de reprodução de música, por exemplo, é minimizado, sua interface e grande parte de seu processamento são pausados e o serviço de execução de áudio é acionado para que o usuário continue ouvindo música enquanto realiza outras tarefas. Da mesma forma, um aplicativo de geolocalização continua acompanhando a posição do usuário em segundo plano, mas o mapa só é atualizado quando o programa retorna ao primeiro plano.

Esse método trouxe para o iPhone a capacidade de multitasking sem afetar demasiadamente o desempenho da bateria. Entretanto, apesar de ser suficiente para a maior parte dos usuários, essa capacidade está limitada aos seis serviços disponíveis. Se um aplicativo precisar executar alguma outra tarefa não atendida por esses serviços, ele simplesmente não rodará em segundo plano e ficará completamente parado.

Outras plataformas, ao contrário do iPhone, são capazes de realizar o multitasking completo. Sistemas como o Symbian e o Maemo, por exemplo, oferecem um sistema muito similar ao disponível nos computadores, ou seja, qualquer aplicativo pode permanecer 100% em funcionamento quando minimizados. Dessa forma, qualquer função pode ser executada em segundo plano, o que tornam os aplicativos potencialmente mais flexíveis.

Multitasking no Maemo

Multitasking no Maemo

Existem outras soluções interessantes, como a adotada pelo Android. Para reduzir o impacto na bateria e na memória, o Google adotou uma solução híbrida em seu sistema. Como no iOS, os aplicativos minimizados são suspensos, mas podem continuar executando tarefas através de serviços rodando em segundo plano. A diferença é que, no Android, os serviços são muito mais amplos, cobrindo praticamente qualquer necessidade dos desenvolvedores. Assim, qualquer aplicativo pode continuar trabalhando em segundo plano sem limitações, cabendo ao desenvolvedor ajustar o balanço entre flexibilidade e economia de energia.

Para o usuário final, o método utilizado não é importante desde que ele funcione de modo eficiente. Assim, a solução adotada pela Apple é muito interessante pois, mesmo considerando suas limitações, é a mais econômica. Entretanto, usuários que necessitarem de maior poder de processamento em segundo plano poderão ser melhor atendidos por outras plataformas.

Câmera

A quarta novidade do iPhone 4 é sua câmera de 5 megapixels com flash LED. Para usuários das versões anteriores do iPhone, a nova câmera é uma atualização muito bem vinda, mas comparada com as câmeras da concorrência, ela fica para trás. Os primeiros celulares com câmeras de 5 megapixels com flash e foco automático surgiram há anos. Quem não lembra do N95 e do N82 (com flash xenon) da Nokia, celulares até hoje considerados excelentes no quesito fotografia? Empresas como a Nokia, Samsung, Sony Ericsson e LG vêm colocando no mercado diversos modelos com câmeras na faixa dos 8 megapixels e algumas novidades, como o Nokia N8, estão sendo lançadas com 12 megapixels de resolução.

Nokia N8

Nokia N8 (12MP)

Talvez a maior qualidade da câmera do iPhone não esteja em suas fotografias, mas em seu modo filmadora. Capaz de capturar vídeo em resolução HD (720 linhas), a filmadora do iPhone realmente se destaca em qualidade. Mesmo assim, o iPhone não está sozinho nesta categoria. Vários outros modelos também gravam vídeo nesta resolução. Sony Ericsson Vivaz, HTC Desire, Samsung Galaxy S e Nokia N8 são apenas alguns dos aparelhos que atualmente competem com o iPhone em qualidade de filmagem e todos estão no mesmo patamar.

A grande vantagem da câmera do iPhone não está na qualidade de suas imagens, mas nos aplicativos de edição de imagem e de vídeo que podem ser adquiridos na App Store. São centenas de opções para todo o tipo de necessidade. Junto com o iPhone 4, a Apple apresentou a versão móvel do iMovie, aplicativo que transforma o aparelho em uma solução completa de captura, edição e compartilhamento de vídeo com uma facilidade de uso sem precedentes. O software embarcado para controle da câmera fotográfica também é o primeiro a incluir um modo para fotos HDR, o que garante fotos com grande variação de luminosidade.

Revolução ou evolução?

O iPhone 4 é, sem dúvida, um aparelho excelente, com recursos de ponta, visual elegante, construção sólida e usabilidade inigualável no universo dos smartphones. Entretanto, ao compará-lo com os concorrentes, notamos que não estamos diante de nenhuma revolução no mundo dos dispositivos móveis.

O iPhone estava ficando defasado diante de aparelhos topo de linha de empresas como HTC, Samsung e Motorola, e a Apple precisava de algo para colocá-la no mesmo nível. Seu hardware é atual, mas não superior. Seus recursos são poderosos, mas não são novos. Seu sistema operacional é moderno, mas limitado em prol do desempenho e da segurança.

Mas o iPhone 4 é muito mais que a soma de suas partes. Do ponto de vista do usuário final, ele oferece uma experiência única, onde tudo simplesmente funciona. A simplicidade de sua forma e de sua interface o tornam poderoso não apenas pelos recursos oferecidos, mas por permitir que qualquer um seja capaz de explorá-los ao máximo.

O iPhone, de maneira geral, é um aparelho revolucionário. Desde o seu lançamento em 2007, ele causou mudanças profundas no modo como lidamos com nossos dispositivos móveis. Operadoras tiveram que se adaptar ao modelo de venda de aparelhos e aplicativos da Apple, desenvolvedores passaram a se preocupar mais com usabilidade, estética e funcionalidade, concorrentes correram para lançar novos modelos e repensar suas táticas, e usuários passaram a usar a Internet móvel de um modo como jamais usaram antes.

O iPhone 4 está longe de ser a revolução que modelo original foi, mas é uma evolução decente para que ele permaneça um dos melhores exemplos de sucesso no mundo dos dispositivos móveis. E que venha o iPhone 5!

8 Respostas para iPhone 4: revolução ou evolução?

  1. 
    Diego Lameira 2010/10/15 às 02:28

    Ótimo artigo, exatamente tudo de acordo com a minha linha de raciocinio e conceito a respeito do mundo dos smartphones atuais. Só um complemento:

    Em relação a custo beneficio, o iPhone se popularizou nos EUA por causa do preço, o mercado de smartphone era mais elevado que o preço do iPhone.

    Blackberrys são mais caros e o iPhone lá é relativamente barato ao salário. O que aqui não ocorre pelo fato dos impostos exorbitantes. Que finalmente espero estar com dias contatos para baixar relativamente bem, pois ao que me recordo, este é o iphone mais barato de todos já lançado no Brasil. O 3GS era vendido por 2.600 à 2.800 no lançamento, já o 4 foi por 1.800 à 2.300 – tabela de vendas sem fidelidade, desbloqueados.

  2. 

    Eu sou muito fã da Apple em geral. Do iPhone então nem se fala. Porém depois de algumas pesquisas, fica na dúvida se um Samsumg Galaxy S não vale mais a pena do que um iPhone. Achei uma comparação dos dois aqui: http://blog.telemoveis.pt/telemoveis/459-duelo-de-gigantes-samsung-i9000-galaxy-s-vs-iphone-4-parte-1.html Li tudo, mas mesmo assim fico na dúvida 🙂 Apple dá talvez mais status que um Samsung… Será?

    • 
      Marcelo Pereira 2010/10/15 às 10:51

      A escolha, no final, é sempre subjetiva. No papel, comparando cada recurso de hardware, o Galaxy S vence com sua tela superior, bateria removível, TV digital e processador gráfico mais poderoso. Mas o Android ainda não é um sistema tão elegante e simples como o iOS e ainda não possui uma biblioteca de aplicativos tão extensa quanto a da App Store, o que faz da experiência de uso do iPhone algo superior.

      O jeito é ir às lojas e experimentar cada um dos aparelhos para ver com qual você se sente mais confortável. Não posso recomendar nenhum sobre o outro pois, pessoalmente, não consegui escolher, hoje uso ambos. Só posso dizer que qualquer que seja a escolha, será boa. 🙂

  3. 

    O iPhone 4 tem qualidades, mas a duração da bateria e’ ridícula. Me lembra de quando as pessoas tinham que carregar uma bateria extra para o celular… Mas oopppss, e’ um produto da Apple, então nem isso e’ possível. Seria preferível que ele tivesse o dobro da espessura com uma bateria decente. E’ só procurar no Google o número de artigos com “dicas” dos fanboys com tudo que você precisa desabilitar para que a bateria agüente ate’ o final do dia.

    • 
      Marcelo Pereira 2010/10/15 às 22:55

      Bateria é o calcanhar de Aquiles de todos os smartphones. Elas não duram pouco, pelo contrário, duram muito mais de as baterias de celulares convencionais. O problema é que as pessoas usam seus smartphones o tempo todo e o deixam trabalhando baixando mensagens, recebendo notificações, etc, sem parar.

      Nesse contexto, a bateria do iPhone 4 é louvável. Tive todos os modelos de iPhone lançados até hoje e posso dizer com segurança que a bateria do 4 é a que tem a maior duração. É o primeiro smartphone que consigo usar por mais de 24 horas sem recarregar, mantendo recursos como 3G e push ativados.

      Meus iPhones anteriores só aguentavam um dia inteiro de uso desligando os serviços de dados. O mesmo acontece com praticamente todos os smartphones que ainda uso, como o N900, o Milestone e o Galaxy S. Nenhum deles passa pelo teste do uso intensivo sem descarregar completamente a bateria. Os aparelhos com Android, inclusive, precisam de um aplicativo extra para desabilitar a rede de dados, senão a bateria morre em menos de 12 horas. O iPhone 4, por outro lado, vem aguentando muito bem.

      Mas claro que se compararmos com aparelhos mais simples e com menos recursos, a duração da carga é ridícula. Lembro dos meus velhos Nokias que podiam ficar uns 3 dias longe do carregador sem problemas. Mas essa era acabou. 🙂

      • 

        Eu tive os iPhones 3G, 3GS e agora o 4. Minha impressão e’ oposta sua, enquanto antes usava o 3GS por 2 dias agora não dura nem 1. Já estive na Apple Store com um “genius” para reclamar e me foi dito que isso era normal e que se não tivesse satisfeito poderia retornar o aparelho.

        A revolução vai ser quando inventarem um tipo de bateria nova. Fazem 10 anos que se usa essas de li-íon, sem nenhum avanço significativo.

      • 
        Marcelo Pereira 2010/10/22 às 00:43

        A duração da bateria do iPhone 4 é comprovadamente maior do que a do 3GS. Infelizmente, tanto nos EUA quanto aqui no Brasil, o que as lojas dizem é que “é normal a bateria durar pouco”. Não é normal.

        Passei por isso com um 3GS que tinha uma duração ridícula de bateria e tive longas discussões com a loja que me vendeu o aparelho. No final não trocaram, nem quando deixei dois iPhones 3GS com configurações idênticas lado a lado e um deles claramente ficou sem carga primeiro. É melhor você arrancar o botão de mute com os dentes e pedir para trocar o aparelho do que reclamar de bateria. 🙂

  4. 

    em tudo o iPhone é superior, bem diferente do que está escrito, ta bom que o iPhone conta com 5MP, mas é INCOMPARÁVEL coma a camera do N95,alias, para mim ele supera ate os 12mp do N8 =)

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